Marília Medrado

As mulheres que participaram do estudo, todas na faixa dos 30 anos e com peso compatível com a altura, foram dividas em dois grupos: 14 foram submetidas à lipoaspiração nas coxas e quadril e 18 fizeram dieta. Sem mudar os hábitos de vida durante o estudo, em 6 meses, as que foram operadas perderam 2,1% de gordura. Após 1 ano, porém, essa redução desapareceu. O local onde foi feita a lipo continuou “magro”, mas formaram-se depósitos de gordura na parte superior do corpo. Os cientistas atribuem os resultados a uma espécie de sistema de “defesa” do organismo, que repõe as células de gordura retiradas em outros pontos.
Para Carlos Alberto Komatsu, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica da Regional São Paulo, as pacientes não podem continuar com os mesmos hábitos: “Se a pessoa comer mais do que deve, a tendência é que volte a engordar em áreas do corpo que podem receber gordura, isto é, onde não foi feita a lipoaspiração, pois a cirurgia remove o tecido vivo da região onde foi realizada”, diz.
Essa também é a opinião do cirurgião plástico Ronald Rippel, de Curitiba (PR), que indica a cirurgia para mulheres que estão próximas ao peso ideal. “A lipoaspiração é feita para dar contorno corporal. Se a mulher quer emagrecer, tem que fazer exercício físico, ter orientação nutricional e hábitos saudáveis”, afirma.
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