
“O Busscar deve continuar. Temos o direito de ir e vir. Quarta-feira (02/12), por exemplo, o Busscar não nos atendeu. Essa audiência deveria estar lotada. Temos muito a comemorar, mas ainda falta muito”, declarou o presidente do Conselho Municipal de Direito à Pessoa com Deficiência, Eron Carlos, durante audiência pública promovida pela Câmara.
Segundo o ex-vereador e ex-deputado Mário Lúcio (PMDB), que é membro da Associação Mato-grossense dos Deficientes (Ande), há muitos deficientes que não têm equilíbrio na cadeira de rodas e, por isso, é necessário que o Busscar continue a funcionar. Ele conta que desde setembro busca resolver essa situação com a secretaria municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU), mas não há respaldo por parte da administração.
No evento, em que o transporte foi a pauta principal, também houve várias reclamações quanto ao mau atendimento dos motoristas de ônibus para com os deficientes. “Queremos saber quantos veículos adaptados tem para atender deficientes?” - questionou o Representante dos Ostomizados de Mato Grosso, Antônio de Souza Amaral.
Além disso, foi criticada a retirada dos adesivos que contém uma cadeira de rodas, símbolo universal dos deficientes físicos, por parte dos fiscais da SMTU em troca de uma espécie de cartão que dá o direito ao estacionamento reservado.”Está havendo um equívoco por parte da SMTU. Funcionários e guardas não pode entrar no meu carro e retirar o adesivo. Temos o direito de colocar os símbolos” - frisou.
Sensibilizado com a causa, o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Deucimar Silva (PP), garantiu que vai promover uma audiência pública na próxima semana com o secretário de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU), Edivá Alves, para que todas as questões sejam esclarecidas e resolvidas. “Vamos requerer essa audiência com o Edivá e reivindicar os ônibus adaptados”.
Atendendo o pedido da Associação dos Cegos de Mato Grosso, Deucimar assegurou que vai implantar o sistema de cotas para deficientes nos cursos ministrados pela Escola do Legislativo atendido pelo presidente da Câmara. “Agora, a partir do ano que vem, vamos colocar cotas para deficientes”.
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